Cirurgia Micrográfica de Mohs

A cirurgia Micrográfica de Mohs foi idealizada na década de 1930 por Frederick Edward Mohs, nos Estados Unidos, para o tratamento de câncer da pele. Com esta técnica, é possível realizar um estudo histopatológico minuscioso e completo de todas as margens tumorais durante a cirurgia, conferindo maior chance de cura com melhores resultados estéticos.

Procedimento

A cirurgia Micrográfica de Mohs é realizada com anestesia local e, na maioria dos casos, não necessita de internação hospitalar. Logo após a anestesia, retira-se o tumor e uma fina camada de pele normal das suas margens laterais e profundas, que são preparadas e examinadas ao microscópio no momento da cirurgia, sendo possível detectar se ainda há presença do tumor na porção extraída e a direção exata do seu crescimento. Enquanto o exame é realizado, o paciente aguarda no consultório e se houver alguma parte ainda com tumor, a retirada de pele desta área específica é realizada imediatamente, e novos exames realizados até que não se encontre mais a presença de células tumorais ao exame. Em alguns casos, para conforto do paciente, pode-se realizar a cirurgia Micrográfica de Mohs com sedação, sempre na presença de um anestesista.

A reconstrução do defeito criado após a retirada do tumor é feita no mesmo dia da cirurgia Micrográfica de Mohs. A região pode ser reconstituída por uma simples sutura, mas, às vezes, há necessidade de fazer um retalho ou enxerto de pele das regiões adjacentes. A cicatriz pode ser também corrigida ou retocada algum tempo depois da cirurgia Micrográfica de Mohs.

Possibilidades de cura

Mohs - tratamento do câncer da pele com maior índice de curaMohs - tratamento do câncer da pele com maior índice de cura

A chance de cura utilizando cirurgia Micrográfica de Mohs para o Carcinoma Basocelular, o câncer da pele mais comum, é de 99%. Para o Carcinoma Espinocelular, outro tipo de câncer da pele, é de 95%.

O acompanhamento e controle de cura são importantes para verificação dessa pequena porcentagem de recidiva. Após a cirurgia Micrográfica de Mohs é necessário realizar exames clínicos periódicos de três em três meses no primeiro ano após a cirurgia Micrográfica de Mohs, semestral no segundo ano e depois anual, para detectar precocemente a possibilidade de recorrência do tumor.

Vantagens da Cirurgia Micrográfica de Mohs

A cirurgia Micrográfica de Mohs, é atualmente a técnica cirúrgica que possui o maior índice de cura no tratamento do câncer da pele, proporcionando garantia substancial na erradicação dos tumores cutâneos. A taxa de cura para os tumores primários (não retirados após o diagnóstico), em cinco anos, é de 99%, comparada aos 93% da cirurgia convencional. Nos tumores recidivados, que reaparecem após cirurgias anteriores, a taxa de cura é de 95% contra 80% em todas as outras técnicas cirúrgicas.

Os métodos convencionais de exame microscópio que avaliam se o câncer foi totalmente retirado têm se mostrado imprecisos, já que apenas 0,01% das margens do tumor são examinadas. Na Cirurgia Micrográfica de Mohs, 100% das margens são microscopicamente examinadas no dia da cirurgia.

A Cirurgia Micrográfica de Mohs evita a retirada desnecessária de pele normal, uma vez que remove o máximo de tumor e o mínimo de pele sadia. A cirurgia Micrográfica de Mohs maximiza a efetividade da cirurgia e minimiza a remoção de tecido normal e por isso oferece também os melhores resultados estéticos.

Desvantagens e limitações da Cirurgia Micrográfica de Mohs

A Cirurgia Micrográfica de Mohs é mais demorada e mais trabalhosa que as técnicas cirúrgicas convencionais. Muitas vezes, uma manhã inteira é necessária para realizar a cirurgia Micrográfica de Mohs. O custo varia conforme a gravidade do caso, tamanho e profundidade do tumor, e o tipo de reconstrução necessária – enxerto, retalho, etc. O custo da cirurgia de câncer da pele com a técnica de Mohs, também se deve ao treinamento cirúrgico altamente especializado e à utilização de instrumentos de laboratório e equipamentos de alta qualidade.

Orientações para a Cirurgia de Mohs

Após avaliação de um médico dermatologista, agende consulta com um cirurgião especializado. Alguns exames simples de sangue podem ser solicitados e os pacientes que fazem uso de medicamentos não precisam suspendê-los, exceto em alguns casos, onde o paciente faz uso de remédios que diminuem a coagulação sanguinea, como aspirina, precisando avisar ao cirurgião com antecedência para avaliação.

Evite usar no dia da cirurgia: jóias, batons, cosméticos, esmalte, lentes de contato, roupas de seda ou lycra. Evite também esforço físico demasiado (se não tem o hábito de fazê-lo).

Nos casos em que se optar pela sedação além da anestesia local, orientações específicas serão passadas durante a consulta médica e no dia da cirurgia pelo anestesista. Após o término da cirurgia Micrográfica de Mohs, o paciente poderá retornar para casa logo após a liberação do anestesista. Nestas primeiras horas, é normal o paciente sentir um pouco de sonolência, sendo necessário que paciente traga um acompanhante no dia da cirurgia Micrográfica de Mohs. Além disso, o paciente não poderá realizar nas primeiras horas após a cirurgia atividades que exigem raciocínio, como dirigir, subir escadas, assinar documentos, etc.

Orientações pós-operatórias

Para o sucesso da cirurgia Micrográfica de Mohs o paciente deverá seguir as orientações pós-operatórias. O início da troca do curativo será orientada de acordo com o tipo de técnica usada na cirurgia. Quando autorizado pelo médico, troque o curativo a cada 24 horas, com as seguintes orientações: Retire o curativo antes de tomar banho; Lave o local da cirurgia com água e sabonete durante o banho; Limpe o local da cirurgia com soro fisiológico ao sair do banho; Aplique Altargo ou Bactroban ou Bacrocin ou Verutex (pomada ou creme); Cubra com gaze e Micropore e deixe coberto durante 24 horas; Faça tudo isso uma vez ao dia, pelo tempo solicitado.

O paciente deverá retornar ao consultório para acompanhamento e retirada dos pontos em média de 7 a 15 dias após a cirurgia.

Além disso é importante, evitar exposição solar durante 30 dias após a cirurgia; Evitar exercícios físicos intensos no período de uma semana após a cirurgia, caminhadas e exercícios leves são permitidos; Tomar analgésico apenas se for necessário (Tylenol, Tylex). Evitar analgésicos que contenham ácido acetilsalicílico, tais como Aspirina, AAS, Somalgin, Buferin, Acetin, Ecasil, Ronal, Alka-Seltzer, Cibalena, Coristina, Doloxene-A, Doril, Engov.

Se houver sangramento nos dias seguintes após a cirurgia Micrográfica de Mohs, faça compressão no local durante 20 minutos seguidos e repita por três vezes. Se o sangramento persistir, entre em contato com o médico pelo telefone.

Clínica Dr. Gabriel Gontijo
(31) 3227 7733
Praça da Bandeira, 170, 4º andar - Mangabeiras - Belo Horizonte, MG
www.gabrielgontijo.com.br

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